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Dia 23/11

  • Elza Mello e Carla Cristina de Souza (IFRJ) (Auditório E-1)

Como lecionar inglês para fins específicos hoje? Teoria, prática e novos caminhos possíveis

O ensino de Inglês para Fins Específicos (doravante IFE), antes chamado de Inglês Instrumental, segue uma abordagem baseada no levantamento e análise das necessidades dos estudantes. Tal análise engloba aquilo que o aprendiz precisa saber para atuar em uma situação alvo, as lacunas linguísticas e discursivas para interagir com os   específicos, bem como seus desejos e expectativas. Desde que o Projeto Nacional de Inglês Instrumental foi implementado nas universidades e, logo depois, adotado nas escolas técnicas federais, as necessidades foram se modificando, assim como e espectro de atuação se ampliando para além da escola. Portanto, frequentes análises de necessidades do contexto sócio histórico em que o curso se insere, bem como reelaboração de planejamento, procedimentos e materiais se tornam imprescindível de tempos em tempos para atender as demandas na hipermodernidade (ROJO, 2015). Esta oficina será dividida em etapas cujos objetivos respectivamente elencados definem cada uma delas: (1) apresentar, em linhas gerais, a teoria que embasa a prática de IFE em contraposição aos mitos relacionados à mesma; (2) discutir o que se entende por IFE hoje e quais seriam as novas demandas de cursos; (3) sugerir possibilidades de análises de necessidades que promovam a renovação de planejamentos e  elaboração de materiais didáticos pertinentes ao objetivo  dos alunos;  (4) descrever os papéis que um professor IFE assume ao aderir a tal abordagem; (5) exemplificar como explorar textos em sala de aula de IFE a partir de gêneros discursivos de modo a contribuir para a formação de indivíduos questionadores e autônomos, conscientes e críticos, capazes de fazer uso da linguagem como prática social. A proposta formativa que fundamenta a oficina proposta se justifica pela necessidade de formação continuada de professores de língua inglesa. Assim sendo, esse espaço dentro de um evento na universidade contribuirá para capacitar colegas em formação e/ou atuação que serão multiplicadores em seus contextos da abordagem que se caracteriza por grande demanda no mercado, porém com carência de mão de obra qualificada para tal.

  • Equipe PIBID Letras Espanhol (UFRJ) (F-206)


Currículo e Avaliação de língua espanhola: pressupostos teóricos, competências e conteúdos focalizados pelo vestibular e pelo ENEM

 

Experiências com videoaulas de resolução de questões do vestibular da UERJ e do ENEM - durante a ocupação de escolas da Rede Faetec no ano de 2016 - motivaram a equipe do PIBID de Espanhol da UFRJ a desenvolver esta oficina a fim de trazer ao público do III ENEALL uma reflexão crítica em torno das avaliações de larga escala que se destinam a selecionar os estudantes que ingressam nas universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro. A partir da discussão trazida pelo campo dos estudos do currículo (Apple 1994; Casimiro Lopes 2008) e tomando como recorte de corpus as 5 últimas provas objetivas de cada um dos concursos, faremos uma análise das diferenças metodológicas que caracterizam cada um dos processos seletivos e abordaremos os principais pressupostos teóricos, competências e conteúdos focalizados por eles. Nosso objetivo, com isso, é trazer à baila o questionamento em torno dos modos de relação entre currículo e avaliação, seja no âmbito da educação básica, seja no da licenciatura, pensando, por um lado, como esse tipo de exame se aproxima e/ou se distancia das abordagens teórico-práticas privilegiadas no contexto acadêmico e, por outro, de que modo as tradições discursivas instauradas pelo gênero (prova de vestibular / exame de ingresso) direciona e cristaliza as possibilidades de trabalho docente no ensino médio. Como proposta de atividade prática, os participantes da oficina serão instigados a elaborarem questões objetivas e analisarem suas potencialidades e limitações, de forma coletiva.

  • Massuel dos Reis Bernardi (CIEP 179 Professor Claudio Gama e Instituto de Educação de São João de Meriti) (F-208)

Teatro, corpo e articulação pedagógica na formação de professores

Trata-se de uma oficina que explora o corpo como centro do estudo cênico para a criação artística e a prática pedagógica. A ideia é desenvolver estados que vão de um corpo cotidiano a um corpo expressivo, em diálogo com práticas que envolvam cena e pedagogia na formação docente. O teatro pode oferecer caminhos de ampliação de possibilidades do uso do corpo como potências crítica e criativa na escola

ou fora dela. Para tanto, será trabalhada a ampliação de vocabulários e repertórios expressivos, por meio da presença cênica, do jogo teatral, da improvisação e da expressão vocal.

Obs.: é preciso estar usando roupas confortáveis para fazer essa oficina.

  • Miriam Levy (CAp-UFRJ) (Auditório G-2)

O papel do cinema no ensino de línguas estrangeiras

É comum usarmos filmes com fins didáticos, mas e se o próprio cinema fosse o protagonista das aulas? Esta oficina pretende compartilhar estratégias para explorar filmes e gêneros textuais a eles relacionados (roteiros, sinopses, críticas) no ensino de línguas, visando propor atividades lúdicas para trabalhar as quatro competências.

Dia 24/11

  • Edmar Guirra (CAp-UFRJ) (F-206)

A dimensão pictural da literatura no ensino de FLE

A oficina se incorpora nas ações de valorização e socialização da prática da inclusão de textos literários em aulas de Francês Língua Estrangeira (FLE). Tem como público alvo o professor de FLE, mas também professores estagiários e alunos de graduação dos diversos cursos de LE. A proposta do trabalho se funda na articulação entre o quadro teórico que orienta como abordar a literatura em sala de aula e sua possível desmistificação para fins pedagógicos. Em uma abordagem prática, relatarei a experiência de tratar das relações entre a literatura e pintura evidenciando os procedimentos que viabilizam a presença ou traduzem ecos da pintura na literatura nas aulas de francês da 3ª série do Ensino Médio do Cap-UFRJ. Ademais, a oficina prevê momentos de troca de ideias entre os participantes, devendo o público, trazer para discussão problemas que enfrentam no cotidiano da sala de aula de FLE, com vista à elaboração conjunta de encaminhamentos didático-pedagógicos pertinentes.

  • Gabriela Marques-Schäfer e Roberta Stanke (UERJ) (Auditório E-2)

Competência Intercultural na Formação de Professores de Línguas

No mundo globalizado em que vivemos atualmente, encontros de pessoas com culturas diferentes passam a fazer parte de nossas rotinas. Tais encontros podem se dar por diferentes motivos profissionais e/ou pessoais, mas o que vem ocorrendo de fato nos últimas décadas é que a interculturalidade está se tornando característica marcante da sociedade moderna. Encontros interculturais podem reservar surpresas e até mesmo estranhamentos e mal-entendidos.

Nesta oficina discutiremos o conceito de competência intercultural dentro da área da Didática de Línguas Estrangeiras. Além disso, realizaremos dinâmicas em grupos e atividades que poderão contribuir para o desenvolvimento dessa competência, tão importante não só para aprendizes e professores de línguas estrangeiras, mas para a sociedade moderna e intercultural como um tudo.

  • Luiz Guilherme Barbosa (Colégio Pedro II) (Auditório G-2)

Fazer literatura como um fazer da democracia: práticas de oficina literária no contexto do ensino médio

Com base na experiência da Oficina Literária Ato Zero, desenvolvida desde 2014 com estudantes do ensino médio do Colégio Pedro II, propomos apresentar e experimentar algumas práticas de escrita desenvolvidas ao longo desses dois anos de projeto. As oficinas são fruto de metodologia própria, que dialoga com as práticas do grupo francês Ouvroir de Littérature Potentielle (OuLiPo), baseadas muitas vezes na invenção de jogos de escrita cronometrados e organizados em torno de uma “restrição” de escrita; com as ideias do poeta norte-americano Kenneth Goldsmith, autor do conceito de uncreative writing; e com as práticas do coletivo de poetas carioca Oficina Experimental de Poesia, o qual integro, e que desenvolve oficinas públicas em centros culturais da prefeitura do Rio de Janeiro (Centro Cultural João Nogueira – Imperator, e Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica) com base nas noções de comunidade, escrita coletiva, e poesia expandida. A Oficina Literária Ato Zero se reúne semanalmente no campus Realengo II do Colégio Pedro II, e é composta por dez estudantes do ensino médio, de todas as séries, que recebem bolsas de iniciação artística para inventarem, semanalmente, objetos textuais não identificados, que podem vir a ser chamados de poemas. No contexto do Colégio Pedro II, a Oficina Literária Ato Zero pode ser compreendida como uma pesquisa literária em torno das tensões entre poesia, letra e democracia, o que quer dizer buscar formas e práticas de escrita coletiva ou anônima ou autoral que desescolarizem a literatura.

  • Fabiana Bigaton Tonin e Ana Cláudia Fidelis (IFSP e PUC-Campinas) (Auditório E-1)

Letramento literário e retextualização: a literatura e os homens-placa

O objetivo desta oficina é relacionar de maneira significativa a leitura literária e a produção textual contextualizada. Com base nos pressupostos do letramento literário (COSSON, 2009), em especial da ideia das leituras significativas, que integrem não só o repertório pessoal, mas que incentivem experiências estéticas e de discussão crítica, será proposta a leitura de textos da esfera literária (poemas), acompanhada da pesquisa e leitura de textos informativos (verbetes e breves biografias) sobre os autores analisados. A partir dessas leituras mediadas, haverá a retextualização (MARCUSCHI, 2004): elaborar placas, como as de anúncios de produtos e serviços, que circulam no suporte de homens que andam e reforçam a publicidade dos “produtos” pelas ruas de cidades – no caso deste trabalho, os “produtos” em foco serão os autores e sua obra. Assim, busca-se unir leitura, produção de texto e também a discussão sobre gêneros textuais na escola.

  • Fabiana dos Anjos (Colégio Pedro II) e Áurea Cristina de Freitas Rocha (Estudante do EM, integrante da pesquisa) (Auditório E-3)

Letramento acadêmico na educação básica: um caminho de aproximação entre a escola e a universidade

No Brasil, as teorias linguísticas da segunda metade do século XX, sobretudo a Análise do Discurso francesa e a Semiolinguística, deixaram como legado o ideal de que saber usar a Língua é agir por meio dela, de modo que a palavra – menor unidade da interação – seja capaz de dar corpo às ideologias e às identidades dos indivíduos. Motivada por esses debates científicos, a realidade escolar brasileira, em muitos casos, tem sido espaço de práticas pedagógicas bem sucedidas, marcadas pela busca do ensino de Língua Portuguesa além da estática categorização gramatical.

No entanto, apesar desses inegáveis esforços, os alunos recém-saídos da educação básica chegam ao ensino superior com a sensação de que não sabem usar a Língua nesse novo mundo, nesta nova realidade social de escrita em que se encontram: a universidade. Assim, pensando na necessidade de propor aproximações entre a educação básica e o ensino universitário, esta oficina tem como objetivo apresentar e discutir o conceito de Letramento Acadêmico (LA), além de mostrar como essa atividade tem sido realizada no Colégio Pedro II, campus Realengo II, como atividade de Iniciação Científica Júnior (ICJ).

Para cumprir essa finalidade, haverá duas etapas de condução da oficina. Na primeira, o trabalho será direcionado em torno das questões “Por que e para que o Letramento Acadêmico na educação básica?”, além do convite aos oficineiros para a elaboração de um plano de ações do LA a partir de um gênero textual universitário específico. Na segunda parte, os planos elaborados serão discutidos e, na sequência, a bolsista do Colégio Pedro II fará o relato de experiência do seu trabalho de ICJ. Atravessará as etapas da oficina a ideologia de que um indivíduo faz bom uso da Língua se autor da própria palavra, porque conhecedor das práticas sociais subjacentes a ela. Com base nessa crença, o Letramento Acadêmico pode ser caminho para que a realidade (a ser) vivida pelo aluno se construa como palavra.

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